Um teco de nostalgia

quarta-feira, 25 de junho de 2008

De repente tudo é saudade.
Estranho, não? Ou ainda talvez esteja tudo tão absurdamente normal e o problema seja esse.

Não é por nada, não, mas a porcaria da falta da ponta de um dedo anda detonando comigo. Não é só a dor e tal - isso eu supero (com muito choro, mas supero ;D). O pior é porcaria da impotência. Coisinhas simples como abrir uma caixa de leite se tornaram horríveis, mas o que mais me chateia nisso é a dificuldade pra digitar.

Sabe aquela vontadezinha louca de escrever? A ponta dos dedos coçando (menos do indicador esquerdo :P), aquilo da mente com mil idéias diferentes num ritmo ultra-sônico, sei lá. Querer escrever qualquer coisa: um verso, um RP, um post no blog, aquela montoeira de besteiras no msn... Eu estive tentando abafar isso usando a preguiça de demorar três vezes mais pra escrever qualquer coisa como uma poderosa aliada, mas do nada, PUF!, tudo vem à tona e dá-lhe um lindo chute na bunda da Dona Preguiça.!

Hoje a ausência se fez mais presente. Ausência de chats, RP’s, coisa e tal. E dá um apertozinho no coração ver que ta tudo ao alcance das minhas mãos (Corrijo-me: ao alcance da minha mão direita, porque a esquerda está imobilizada) e estou deixando pra lá. Épocas preguiçosas já me renderam o fim de grandes amizades e eu acho que to aprendendo que não existe preguiça quando falamos das pessoas realmente importantes.

Na parede do meu quarto está escrita a célebre frase “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, que eu mesma giz questão de gravar com letras garrafais em guache preto a fim de nunca me esquecer disso. E parece que não fez tanto efeito.

Mamãe costuma dizer que o amor sentimento não vale porcaria nenhuma. Tipo, você ama e daí? Ama e quer ver a felicidade do amado. Grande coisa! Sentar na arquibancada e ficar agitando pom-pom cor-de-rosa pró-felicidade não adianta lhufas. Tem que entrar na quadra, chutar a bola, driblar o adversário e até cabecear um gol, se possível.

É isso, povo, [i] o amor só vale quando convertido em ações.[/i] É demorar uma hora pra digitar meia-dúzia de palavras, é estar lutando com unhas e dentes pra mantê-lo vivo.

Nesse ponto eu ando pecando muito e (que droga!) bem justo quando eu acho um bando de pessoinhas que manifestam por mim o tal “amor-ação”.

Graças a todos os bons céus existem umas pessoinhas na nossa vida que dão aquela cutucada de “Hey, acorda!” e depois disso, dormir no ponto outra vez é idiotice. Já diz minha mãe “cometer o mesmo erro duas vezes é pura burrice”. (Eu ainda escrevo um livro com as frases da senhora Luciana Psicopata-Mãe)

Dessa vez é só isso. Precisava me tranqüilizar e deixar por escrito (pra não esquecer de jeito algum) que incorporarei a tal frase da parede.

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